O Programa Fulbright, que oferta bolsas de estudos a brasileiros, foi tema de palestra no dia 13 de junho no Campus da Liberdade, em Redenção/CE. Em seguida, docentes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) receberam certificados da Claflin University pela participação no Workshop Intensivo de Escrita Acadêmica em Língua Inglesa, ofertado por meio do Núcleo de Línguas da Unilab (NucLi).

A Claflin University é uma universidade privada que fica na Carolina do Sul/EUA. Fundada em 1869, após a Guerra Civil Americana, integra o chamado grupo de Faculdades e Universidades Historicamente Negras (HBCU, na sigla em inglês).

A palestra sobre o Programa Fullbright ficou por conta da professora da Claflin University e diretora de Programas Globais e professora de Marketing, na Escola de Negócios da Claflin, Annette Jackson, com participação do representante do Consulado Geral dos EUA, Stuart Beechler, e Luiz Loureiro, on-line.

Annette Jackson trouxe a própria experiência com o Fullbright, pois esteve como intercambista no Essuatíni (antiga Suazilândia). “Você precisa levar ao país algo de que eles necessitem. O impacto que a minha estada teve na minha vida foi imensurável. Eu ganhei uma família na Suazilândia. Meu entendimento da cultura me ajudou a me compreender melhor também. Aprendi a respeitar a cultura das outras pessoas”, declarou.

Stuart Beechler destacou que educação é um dos pilares na relação Brasil – Estados Unidos e citou iniciativas no Nordeste, como Education USA, que dispõe de dois centros, na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade de Fortaleza (Unifor), abertos a todos.

Luiz Loureiro traçou um breve histórico do Programa Fullbright, que completará 77 anos de existência e foi iniciativa de um senador estadunidense de mesmo nome, como forma de promover o conhecimento e a paz. “É um dos mais prestigiados programas de intercâmbio financiados pelos EUA, contando com uma comissão binacional, voltado para graduados”, resumiu.

Após a palestra, formou-se a mesa de autoridades, com o reitor da Unilab, Roque Albuquerque; a pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais da Unilab, Artemisa Monteiro; o já citado Stuart Beechler; a vice-reitora de Programas Acadêmicos da Claflin, Verlie Tisdale; e a coordenadora do Programa de Inglês Intensivo da Claflin, Sharon Giles.

Roque Albuquerque destacou que a Claflin foi a primeira universidade estadunidense com a qual a Unilab se interessou em estabelecer parceria. “Conhecemos pessoas muito agradáveis e conectadas com o propósito da universidade. Hoje nós já temos três estudantes africanos que vão fazer intercâmbio e estamos concorrendo para vagas a docentes e TAEs. Fortalecer relações com o Norte também é importante, além das relações que já mantemos Sul-Sul”, frisou. Em complemento, Artemisa Monteiro ressaltou que a Unilab, apesar de voltada para a Lusofonia Afro-Brasileira, não fecha as portas aos países não falantes de Português.

Stuart Beechler afirmou o quanto o relacionamento entre as duas instituições tem funcionado bem. “A visita de aproximação é quando as coisas começam, mas aqui começou há meses e sou testemunha da empolgação de ambos os lados”, disse. No mesmo sentido, Verlie Tisdale lembrou que há todo um oceano Atlântico a nos ligar, enquanto Sharon Giles expressou alegria em conhecer pessoalmente os colegas docentes da Unilab que participaram do Workshop Intensivo de Escrita Acadêmica em Língua Inglesa, uma parceria Claflin University e Nucli/Unilab.

A coordenadora do Nucli, Kaline Girão, e o professor João Luiz, ambos lotados no Instituto de Literaturas e Linguagens (ILL/Unilab), fizeram a tradução simultânea durante o evento, que também contou com intérprete de Libras.

A programação completa da comitiva da Claflin University teve início no dia anterior e incluiu audiência com a Reitoria, rodadas de reuniões de cooperação com docentes dos vários institutos da Unilab, atividade cultural e debate aberto com estudantes.